“Cabe a cada um essa tarefa: amar, divulgar, incentivar os criadores de sonhos.”
Luísa Queirós
“FIOS” apresenta três gerações de artistas, artesãos e artesãs: a que cria a tapeçaria cabo-verdiana no CNA; e as duas seguintes que têm vindo a acrescentar novas abordagens explorando a multiplicidade de olhares possíveis.
Em 1979, é executada a primeira Tapeçaria de Cabo Verde, “Mercado de Peixe”, uma peça coletiva confecionada com lã nacional e algodão cardado e fiado manualmente no CNA.
Se a Galeria Manuel Figueira apresenta todo o percurso do CNA / CNAD, a Galeria Luísa Queirós debruça-se em particular sobre a tapeçaria, técnica que tem uma forte expressão de criação artística nestas ilhas. Estas exposições são fios da mesma meada.
“FIOS – Tapeçaria de Cabo Verde” contempla um conjunto de obras produzidas ao longo das décadas de 1980 e 1990 e também obras dos anos 2000, na sua maioria resultantes de duas residências criativas promovidas pelo CNAD: “URDIDURAS – Tecendo Olhares.2” (2016), com peças dos mestres artesãos da segunda geração do CNA, João Fortes, Joana Pinto e Marcelino dos Santos; e “TEADA” (2018), pelos artistas Alex da Silva e Bento Oliveira, da terceira geração; e Manuel Figueira, da primeira, em parceria com os mestres acima referidos e os artesãos Helder Medina, Helder Santos e Valdemiro Pina. “TEADA”, além de reunir as três gerações aqui referenciadas, traduz a contemporaneidade e marca uma nova abordagem conceptual e estética das artes em Cabo Verde.
“Carnaval”, Marcelino Santos, São Vicente, 1993 (pormenor)
© Diogo Bento
Sem Título, Manuel Figueira, São Vicente, 2018
© Diogo Bento